terça-feira, 14 de abril de 2009

Mudanças


É a vida que nos muda quando deixamos de sentir seja o que for, por algo que noutros tempos nos levava ao rubro da emoção?! Mudamos nós sempre que experimentamos exaltação com algo que antes, de tão trivial nem tínhamos dado conta que existia?!
A mudança ou transformação, de acordo com minhas as fontes consultadas, pressupõe uma alteração de um determinado estado, modelo ou situação anterior, para um estado, modelo ou situação futuros, por razões inesperadas e incontroláveis, ou por razões planeadas e premeditadas.
Pode representar um perigo, mas também uma oportunidade. É essa surpresa que altera a rotina aos nossos dias; que nos permite ter novas expectativas; que nos dá novas esperanças; que nos deixa ter novas experiências, que faz o sonho tornar-se realidade. Claro que as mudanças também exigem de nós um esforço suplementar..., mas ainda assim é bom mudar!!!
Para os mais cépticos e conservadores por vezes o mudar significa ficar tudo na mesma, se bem que nunca fica, por mais ténue que seja a mudança.
Mudamos por nós, mas também mudamos com os outros e pelos outros. E se não estamos bem o melhor que temos a fazer depois de todas as mudanças, é mesmo mudarmo-nos. Mesmo inconscientemente a vida vai-nos mudando e, nós fazemos-lhe o mesmo ajustando-a aos nossos interesses.
Por vezes um acto corajoso, ainda outras um acto de cobardia, a mudança é movimento e o movimento essencial para se viver em plena transformação. E quando a mudança corre mal, podemos sempre voltar a mudar...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Paris, oui j'aime Paris...

...e, o mais engraçado é que tenho ido a Paris todos os anos terminados em 9: a primeira vez na passagem de ano 88/89; a segunda foi em 99 e no passado dia 20 de Março, pela terceira vez, ao princípio da noite chego novamente à cidade da luz!!!!

Foi apenas um fim-de-semana, que me deixou cheia de vontade de voltar mais vezes, para mais um bocadinho...
Para além da exposição do Andy Warhol, pioneiro da pop art, patente no Grand Palais, o que mais me entusiasmou foi TUDO: a maravilhosa companhia dos viajantes; a visita aos famosos nenúfares de Monet na Orangerie; o caminhar à beira do Sena com o Museu d'Orsay em plano de fundo; o cappucino durante a tarde no Jardim das Tulherias, a passagem pela maravilhosa Ponte de Alexandre, a torre Eiffel desde o anoitecer até ao seu brilho cintilante que acontece às horas certas; o Arco do Triunfo, com os seus altos-relevos de homens nus misturados com guerreiros (pergunto-me o que farão os homens nus numa cena de batalha?!); o jantar chez La Mère Catherine (fundado em 1793) na Place du Tertre, em pleno Montmartre com os seus tradicionais artistas de rua; o andar no metro; a visita matinal ao cemitério Père Lachaise; o dar de comer aos pombos no jardim do Palais Royale; o jantar na Taverne em St. Germain des Près; o Hotel de Ville e a Conciergerie iluminados à noite; a animação nocturna na Bastilha; o croque monsieur que nos serviu de jantar no dia da chegada; a viagem do aeroporto à cidade; a viagem de funicular até ao Sacre-Coeur e a animação na sua grande escadaria; o café de domingo nos Champs Elysées; as lojas da Île de St. Louis onde degustámos um fantástico patê e o melhor gelado de Paris, da casa Berthillon; o mercado das flores e dos animais nas margens do Sena; a catedral de Notre Dame e os seus 400 degraus que nos levam ao sino que Quasimodo tocava, as gárgulas e outras figuras demoníacas e míticas que enfeitam as suas varandas, e de onde os nossos olhos se deleitam com as vistas de 360º sobre esta encantadora, charmosa, envolvente e surpreendente cidade!!!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aprender a ser feliz


Ao fim de tantos anos a aprender a ser feliz, incluo no meu curriculum académico uma cadeira que dá pelo nome de Psicologia Positiva.

Que excelente forma de começar a semana...Pois é, às 2ªas feiras lá estou durante 4 horas a escutar atentante como transformar os dias cinzentos do desalento, em dias coloridos, harmoniosos e vibrantes.

Há já alguns anos que sei não haver fórmulas mágicas de felicidade! Como poderia haver se o que me faz feliz a mim, não terá o mesmo efeito sobre outra pessoa. A felicidade é algo que buscamos do lado de fora, mas que na realidade está cá dentro: às vezes latente, outras adormecida, ainda outras esquecida e nos piores caso ignorada...

Por isso existem cursos que nos ensinam a valorizar e descobrir o que nos faz feliz!!!!
Por isso se escrevem livros a lembrarem-nos de como se deve fazer!!!!
Claro que dá trabalho, pois viver não é um acto simples, antes pelo contrário. Requer muita concentração, devoção, verdade e compromisso, aliás como todas as coisas que valem a pena.

Descobrir estes ingredientes certos, deu-me uma paz e um bem estar inexplicaveis. E é tão bom sentir-me assim que só me apetece cantar: Viva la vida!!!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sobre o amor

Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer emocionalmente.
Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão,
continuaremos a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é necessário ser um.

Fernando Pessoa escreveu e, eu acrescento que, efectivamente
só alguém inteiro e completo é que não tem medo de:

dar
receber
retribuir
entregar
esperar
escutar
partilhar
ousar
amar

De seguida escuto a Mafalda Veiga em "Cada lugar teu":

Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa

guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar


Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar

tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só


Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar

que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Fernando Bragança Gil (1927-2009)


Falar do Fernando é uma tarefa duplamente dificil... não só pelo sentimento da perda, mas por temer não conseguir transmitir em palavras a emoção de todas histórias que comigo partilhou, das conversas que tivemos, das viagens que fizemos e da muita cumplicidade que havia entre nós. É verdade mãe, não era contra ti que nos uníamos, mas por ti, senão as pequenas disputas perdiam toda a graça. Não tenho dúvida de que a minha mãe e o Fernando com todas as suas imperfeições, eram o casal perfeito, que se completava e complementava. Era fantástico vê-los e ouvi-los a trabalhar nas tardes de domingo.

À medida que vou escrevendo, descubro que afinal é tão facil falar do meu padastro - essa pessoa fantástica, com quem tive o privilégio de privar! Aos 80 tinha a vontade de viver de um garoto, o entusiasmo de um adolescente e o conhecimento dos sábios e, sempre recusou considerar-se velho (claro que só podia, pois na realidade o Fernando nunca foi velho, apenas tinha mais alguns anos). Recordo o quanto aprendi com ele sobre história, literatura, música, viagens e ciência, porque verdadeiramente o Fernando era "sempre" um professor e divulgador. Adorava explicar, ensinar, divagar e qualquer pessoa ficava presa às suas palavras simples e, vibrantes. Disse-me muitas vezes que não sabia o que era ter um "trabalho" porque aquilo que fazia, nunca o considerou como tal, pelo prazer e paixão que lhe dava.

Sinto tantas saudades do seu riso franco e da sua exuberância. Das suas fúrias quando falavam mal o português na televisão, ou o escreviam errado nos jornais. Claro que não era uma pessoa comedida e, parte do seu encanto residia nessa particulariedade. Demasiado rigoroso e exigente com tudo, a idade trouxe-lhe alguma condescendência e muita paz, escasseando as "explosões", mas mantendo fidelidade aos seus "ódios de estimação". Para além de tudo isso espalhava charme à sua volta! Uma vez fomos ao teatro ver Copenhaga, uma peça sobre físicos. Durante o intervalo no foyer, algumas ex-alunas vieram cumprimentá-lo. Escusado será dizer que já só o largaram quando o intervalo terminou.

Lembro também a inauguração do Museu de Ciência e o envolvimento e emoção vividos e transmitidos a todos que com ele privávamos. Tanto, que passados uns tempos, a minha filha, sua neta do coração, na altura com seis anos, foi ao Museu em visita de estudo e, claro que não se cansou de dizer a todo os colegas de escola que aquele era o museu do avô.

Se é verdade que as pessoas que amamos nunca nos deixam, bem haja por continuar presente na minha vida!


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Exames, estudo e afins


Ufa, ufa, ufa... já fiz dois exames, entreguei um trabalho e?! E, estou estafada! A vida de estudante dá cá uma trabalheira...

Semana que vem mais uma oral e depois só volto a ter exame em Fevereiro. Sim, que acredito piamente ir obter bons resultados nos exames que já fiz, por isso para a 2ª época guardei uma chaise longue do 1º ano!

O primeiro semestre foi rápido e indolor: dois trabalhos, uma experiência na qual fui cobaia e uma pergunta de resposta complicada como convém, que tinha a ver com estereótipos e me valeu um mísero 12, com 50% do objectivo da cadeira cumprido. Os outros 50% são o resultado do trabalho de grupo sobre Tomada de Decisão (In)consciente.
Que comportamentos aditivos estes que os falam do prazer imediato, de agonistas e antagonistas e mais não sei quantas substâncias terminadas em "ina", como benzodiazepina e coisas que tais a fazerem efeito sobre o neurónio da dopamania.
As férias só são mais dolorosos porque é preciso estudar, estudar e, desse estudo conseguir que alguma coisa fique na cabeça, para depois o reproduzir convenientemente. Os neurotransmissores a trabalharem afincadamente para um potencial de acção como convém. Ai, ai que as sinapses estão a ficar tontas com tanta informação...neuropsicologia a quanto me obrigas!


sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A sustentavel leveza de 2009


E pronto cá estamos nós em 2009... ano novinho em folha, à espera de ser vivido e acrescentado à estória de cada um de nós!

Inevitavelmente todos desejamos que no início de um novo ano, por qualquer arte mágica todos os erros que cometemos até agora se limpem com uma esponja e, tudo o que está menos bem se altere com pós de prelimpimpim, mas claro que isso não vai acontecer. Depois do fogo de artifício extinto, os sms enviados, os telefonemas de felicitações e a euforia das festas é importante parar para reflectir nos desejos formulados. Depois, podemos mudar ou simplesmente continuar, desde que saibamos que cada dia é único e irrepetivel, cheio de cada uma das potencialidades com que o estamos dispostos a viver.

Fazer desejos para o novo ano é salutar, mas se o crescimento não for interior, se a vontade não existir, se o amor não guiar os nossos actos, podemos viver milhões de anos que não conseguiremos tornar melhor um dia, quanto mais um ano!
Eu sou crente no ser humano, por isso acredito que este ano terá mais dias brilhantes, muito riso e poucas lágrimas, porque cada um de nós vai ser responsavel, por prestar mais atenção ao outro, por estar mais disponivel para o que é importante, por tentar tornar melhor os seus dias e os das pessoas que estima...
Eu vou fazer a minha parte desejando que em 2009, a vida nos seja leve!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Puzzle


Lá fora o frio era cortante!

Sentada no seu cantinho, com a lareira a crepitar e a música a envolvê-la, tentava concentrar-se na leitura. O livro escorregou-lhe das mãos e os olhos fixaram-se nas labaredas de tom laranja.

Céus, como é lindo o fogo!!!... Lembrou Camões "amor é fogo que arde...", deixou o pensamento vaguear e chegou àquele amor que lhe ardeu na alma, aqueceu o corpo, secou as lágrimas, iluminou os sorrisos e deu forças para lutar. Foi há tanto tempo!!!... ou terá sido ontem?... a última vez que sentiu o arrepio na espinha e o formigueiro na barriga?

Quiseram construir um puzzle onde as peças encaixavam dia a dia, dando a certeza de que no final ficaria fabuloso e completo, mas...há sempre um mas. Um dia alguém perdeu uma peça, uma das mais pequenas é verdade, mas que no final se veio a relevar tão importante...
Ao príncipio atarantados, procuraram encontrar o responsavel, porém com o passar dos dias tentaram ultrapassar o sucedido, não lhe dando muita importância.
Que ingenuidade a dos apaixonados! - desfizeram o que estava feito, refizeram-no de uma e outra forma, mas acabavam sempre por não conseguir completar o puzzle.
Abandonaram a tarefa algumas vezes, para a retomarem outras tantas, cada vez com menos sucesso. O almejado puzzle ainda tomou forma, mas num acto de desespero as peças baralharam-se e, tudo se perdeu.

Tão simples fazer um puzzle...até as crianças conseguem. Talvez seja mesmo assim...só as crianças conseguem! Os adultos desistem, perdem peças, enfastiam-se.
Será pelo tempo que lhe toma? Porque têm pressa, ou simplesmente porque não querem?
Tanta pergunta sem resposta, tanta vontade de construir e tão poucos obreiros empenhados na construção.

Lá fora o frio era cortante!
Cá dentro também a sua alma tinha gelado.


domingo, 7 de dezembro de 2008

...há sempre alguém!

Tenho um amigo que diz que se escreve melhor quando se está triste e infeliz...
Pois se assim fosse, acho que nos últimos 3 meses já tinha escrito um tratado em 10 volumes, tal tem sido o meu estado de espírito!
Atenção!!...não estou assim apenas porque me apetece estar, mas sinceramente nos últimos tempos nada de bom parece acontecer, ... o pneu que rebentou a meio da noite; o tecto que deita água em cima da minha cama, os problemas do trabalho que tomaram proporções dramáticas!!!
Ainda assim e, porque detesto armar em "calimero", consigo escrever sobre pessoas e coisas bonitas...
...alguém que diz que calça as pantufas do marido porque assim sente os dedinhos dele mais perto!
...alguém que anda comigo debaixo de chuva durante quase 1 hora, só para me fazer companhia!
...alguém que me diz que irritada, fico mais sexy!
...alguém que escreve um mail elogiando-me por ser como sou e valorizando a nossa amizade!
...alguém que me telefona do aeroporto sempre que vai viajar!
...alguém que me liga, porque lhe escrevi dizendo que tinha saudades!
...alguém que está comigo sem pressas e escuta as minhas chatices aliviando-as!
Contas feitas sou uma afortunada porque apesar de todos os infortúnios do dia-a-dia, tenho quem me ajude a interpretar e minimizar os problemas, me faça rir e, acreditar que a amizade é a melhor arma do mundo para a tristeza e depressão.

domingo, 9 de novembro de 2008

Solidariedade


Hoje foi o dia da Corrida Sempre Mulher, uma corrida de 4 km's organizada pela Associação de Prevenção do Cancro da Mama. A inscrição foram 10€ que reverteram integralmente para a associação. Se foram conseguidos cerca de 50 e tal mil euros, valor do cheque entregue pelo Tony Carreira à presidente desta associação, significa que havia mais de 5.000 pessoas solidárias, num domingo às 10 horas da manhã no Parque das Nações. Eu fui uma delas!... porque a solidariedade é uma força extraordinária que move montanhas e nos dá uma gratificação imensa.

Pena tenho, que as pessoas não sejam solidárias no seu dia-a-dia, bastando a maioria das vezes um sorriso, um olhar demorado, uma palavra, um pequeno gesto... Não basta a solidariedade quando há mobilização e acompanhamento dos meios da comunicação social, é preciso mais. Se cada uma de nós prestasse mais atenção ao seu próximo, este mundo seria certamente um lugar melhor para se viver.

Sei do que falo, porque infelizmente estou a viver uma situação muito complicada, na doença de alguém muito próximo. Há dias em que o cansaço psicológico é tão grande, que o telefonema de um amigo é o suficiente para nos dar o ânimo de permanecer e arranjar mais forças para continuar a sorrir, quando só apetece chorar e gritar de raiva. O sofrimento é um buraco negro que nos corrói o brilho, mas por vezes inevitavel face à imprevisiabilidade, impotência e fragilidade do ser humano. Queremos sempre que acabe depressa... Fica-se com medo do futuro, vulnerável e, agora sim, aprende-se a viver um dia de cada vez...
É em alturas de crise que ficamos a saber quem são os verdadeiros amigos - que apesar das suas vidas ocupadas e complicadas arranjam tempo para um telefonema, um convite para jantar, um cinema em cima da hora; tentam encontrar soluções, inventam formas de mostrar o seu apoio, porque se preocupam connosco e, dão valor à nossa dor... e, depois há os outros, que simplesmente não se importam!
"Tornas-te eternamente responsável por aqueles que cativas" - disse o principezinho à raposa. Não sei se foi por ter aprendido esta lição com afinco e esmero, ou se a solidariedade é genética, mas para mim, amizade é responsabilidade. Por tudo isso, o meu reconhecimento a todos os amigos que têm permanecido "sem pressa" e me têm apoiado incondicionalmente. Adoro-vos!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Poema

Quero escrever-te um poema.
Um poema onde seja eu mesma,
sem os artifícios desta vida fútil!
Quero dizer-te tantas coisas,
sem palavras barateadas
a troco de um beijo ou,
de uma noitada boa!
Quero que um olhar meu,
signifique mais que mil palavras!
Quero que um sorriso te toque,
mais fundo que uma carícia!
Quero que hoje ao releres
tudo isto possas dizer...tem valido a pena!

Escrevi este poema há 12 anos. Na altura acrescentaste-o num outro tempo verbal, por isso me decidi a reescrevê-lo alterando o condicional desse tempo, para o presente de hoje. Depois pincelei-o com as cores do arco-íris, esse fenómeno tão fascinante só visivel quando o sol brilha sobre as gotas de chuva.
Assim é a vida: uns dias brilhantes e coloridos, intercalados com outros carregados de nuvens e chuvosos, mas ainda assim, todos únicos, irrepetiveis e valiosos.
Depois e, porque a mudança é a constância do ser humano: "um dia" poderá ser já hoje; e já hoje já vale a pena... e, com certeza vai continuar a valer.
E porque hoje é dia do meu Aniversário, brindo à Vida!!!

domingo, 19 de outubro de 2008

Motos

Andar de moto sempre foi uma coisa que nunca me passou pela cabeça. Até um dia...
Era uma sexta-feira e o dia estava cinzento.
Combinámos o encontro no aeroporto, talvez por ser um sítio de partidas e chegadas e esta ser,… a nossa primeira viagem juntos.
Mas claro que não era uma viagem qualquer: para mim foi a “verdadeira” estreia em duas rodas!
Claro que já tinha feito duas curtas viagens de reconhecimento (de Lisboa a Santarém) para me ajustar ao assento da Suzuki, mas desta vez a coisa era real - de Lisboa a Jerez de la Frontera são 482 kelhómetros, segundo o Guia Michelin.
À parte os medos experimentados em algumas curvas com alma “a mais” para o meu coração de principiante, foi uma viagem plena de adrenalina - pela estreia, pela companhia, pela paixão, pela vivência. Amei!

Passado uns tempos, num outro fim-de-semana, com muita chuva a cair e mais uma série de curvas com alma no horizonte, vamos nós, desta vez numa Blackbird, a caminho da Serra do Marão. A viagem foi feita de noite, com papelinhos nas mãos a limparem a viseira, porque a chuva não deixava ver o caminho. A seguir à chuva veio o nevoeiro e, o dia seguinte acordou cheio de sol deixando-nos admirar a maravilhosa paisagem e a não menos fantástica cidade de Amarante. A parte mais divertida, àparte os contratempos com o fato de chuva, foi que regressámos a Lisboa com a chave da garagem do director da pousada na bagagem! Claro que depois a devolvemos...não fosse fazer-lhe falta!

Num outro dia e agora nesta "funcy" Yamaha combinámos um jantar em Algés. A noite estava quente e a esplanada do restaurante acolhedora. Ficámos horas a conversar e a noite já ía longa quando decidimos vir embora. Esperámos tanto tempo pela conta que não aparecia, que saimos mesmo sem e, adivinhem quem colaborou na nossa "fuga"?!... Foi por demais divertido e este epsiódio ficou na memória pela nossa irreverência de "adolescentes" e cumplicidade. Eheheheh!!!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Maçãs e homens certos

Girls are like
apples on trees. The best
ones are at the top of the tree.
The boys don’t want to reach for
the good ones because they are afraid
of falling and getting hurt. Instead, they
just get the rotten apples from the ground
that aren’t as good, but easy. So the
apples
at the top think something is wrong with
them, when in reality, they’re amazing.
They just have to wait for the right
boy to come along, the one
who’s brave enough
to climb
all the way
to the top
of the tree.

Este texto foi-me enviado por mail por um amigo e, numa primeira leitura achei a metáfora interessante e válida. Depois, decidi virá-lo do avesso e deu na dissertação que se segue.

Claro que qualquer rapariga que se encontre sem companheiro, de imediato se acha uma maçã no cimo da árvore, a quem o homem certo ainda não descobriu. Esboça um sorriso durante a leitura e pensa que quando aparecer o "tal", esforçado, corajoso e desembaraçado que conseguiu chegar ao topo da árvore, o seu futuro está garantido. Pois é, assim tudo seria facil e calmo, embora um bocadinho aborrecido, porque ficar no cimo da árvore esperando, para além das boas vistas, não me parece grande vida. Depois faz de qualquer maçã, desculpem - mulher, uma grande convencida, porque sou efectivamente tão boa e interessante, que não me serve qualquer um, mas apenas o "senhor certo".

Enquanto que as maçãs reluzentes e inacessiveis do topo ficam na macieira esperando calmamente que alguém as vá colher, o que a nunca acontecer faz com que apodreçam lá no cimo, ou sejam bicadas pelos pássaros, todas as outras "vulgares maçãs", rolam pelo chão do pomar, são colhidas, comidas, trincadas, apanhadas, transformadas em compota, levadas em cestos de picnic, expostas em supermercados. E agora digam-me lá se a vida desssas outras, das que vivem nos ramos baixos não são bem mais interessantes e diversificadas que as do topo? Ah, pois são...


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Uma história

Todas estas rugas na minha cara,
contam-te a história de quem eu sou.
Tantas histórias sobre onde estive

e, como eu cheguei aqui.
Mas essas histórias não significam nada,

quando não tens ninguém a quem as contar.

É verdade...eu fui feita para ti.

Escalei ao cimo das montanhas,

nadei no azul do oceano.
Cruzei todas as linhas e
quebrei todas as regras.
Mas querido, quebrei-as todas por ti,

porque mesmo quando estou arruinada,
fazes-me sentir milionária.

Sim, fazes...e, eu fui feita para ti.

Vês o sorriso na minha boca,

escondendo as palavras que não saem.
Todos os meus amigos que me acham abençoada,

não sabem a confusão que vai na minha cabeça.
Não, eles não sabem quem eu sou de verdade,
nem sabem pelo que eu passei, como tu sabes.

Esta é a tradução da letra desta maravilhosa cantiga escolhida por mim, não por estar na moda e ter uma melodia fantástica, mas especialmente pela letra, que conta uma verdadeira história de amor.
Esse sentimento que por ser impossivel de explicar com palavras, tem originado os maiores tratados e os mais belos poemas. A verdade é que quando e, enquanto faz "história", nos transforma a existência.
É minha convicção que ao amarmos nos tornamos numa pessoa melhor...!

http://www.youtube.com/watch?v=K6aeGdZM0P0

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Perfeito, Imperfeito, Mais-que-perfeito


Os tempos verbais têm nomes lindos! Até o Condicional e o Conjuntivo são interessantes, mas claro que a minha perdilecção vai mesmo para o Mais-Que-Perfeito, porque se o Perfeito já não é facil, imaginem o Mais-Que-Perfeito, que exprime uma acção passada anterior a outra acção também passada. Confuso?!... eu dou um exemplo: "já tinha acabado de escrever este post quando fui dormir". Dois passados seguidinhos um do outro e, temos um Mais-que-Perfeito!

Sinceramente!, ...os tempos verbais têm nomes mesmo estranhos e, depois dizem que as notas na disciplina do português são fraquitas. Claro, só podem ser... ninguém no seu perfeito juízo entende esta confusão.

Será que por ter ficado tudo arrumadinho lá no passado é que lhe chamaram Mais-que-...? Mesmo assim tenho algumas dúvidas porque se eu disser "depois de ter partido um prato, parti um copo" não vejo onde pode estar o mais da perfeição, acho até que é a suprema imperfeição, porque a continuar assim fico sem louça em casa.

Hoje estou cheia de imperfeitos e nem imagino futuros por isso o melhor mesmo é deixar-me estar neste presente, de uma noite de chuva e uma caminha com um edredão fabuloso para me aconchegar. Amanhã certamente que alguns nuvens já se dissiparam e quem sabe até o sol apareça para me dar algum calor.

Ah, além do mais esqueci-me de falar do Imperfeito, mas também para quê falar de algo que nos acompanha de manhã à noite?!...nem vale a pena.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Amigo é assexuado?

Como estamos na era das comunicações virtuais, muitas das vezes as conversas acontecem por mail. Foi o caso desta, agora aqui transcrita:

Actualmente quem melhor pode testemunhar o papel de um homem na vida de uma mulher, somos mesmo nós os três.
Porquê? Porque temos três visões (realidades) diferentes de homens nas nossas vidas, a saber:
Felismina tem às vezes homem … ,e?... não se passa nada de importante;
Pancrácia tem um homem às vezes (nos últimos meses a tempo inteiro) e apesar do “formato” ser diferente, não se passa nada de importante além do outro “conduzir” para onde acha que deve ser;
Josefina por fim, tem homem a tempo inteiro, no formato mais comum, e?...quando precisa que se passe algo – de qualquer género – o melhor é ser mesmo ela a tratar de fazer acontecer.
Por isso quando se está carente o melhor mesmo é um(a) bom(a) amigo(a). Se der para deitar a cabeça, tanto melhor. Mas amigo(a) é assexuado(a).

Já lá vai algum tempo em que este assunto foi abordado, para ser retomado hoje ao almoço, chegando agora nós três a uma nova conclusão - afinal amigo(a) não é assexuado(a). Existem diferenças significativas de pensar, ser e estar entre o género masculino e feminino.
Ainda bem, porque é reconfortante saber que os amigos têm sexo, o que não é o mesmo que ter sexo com amigos.

Então que diferenças existem entre amigo(a) e namorado(a)?! Com o amigo (e agora o género é indefenido, para não estar sempre a colocar "a" no parentesis) conversamos, partilhamos experiências, trocamos banalidades, rimos, choramos, encantamos, desencantamos, acreditamos, sonhamos..., mas não há troca de fluidos do âmbito lascivo ou sexual.

No entanto e, apesar disso não esquecemos que o estar com um amigo é diferente do estar com uma amiga. Por muita intimidade e à vontade que exista, a amizade nunca é igual. Exactamente porque a bolinha com a seta para cima ou a bolinha com a cruz para baixo são intrinsecamente diferentes quanto ao género, podendo apesar disso ser iguais quanto ao tipo. O que eu acho maravilhoso!!!...que bom haver diferenças.

E agora chegámos a uma encruzilhada...se o amigo não é assexuado, o que é o namorado? Apenas o ser sexual?! Não me parece, porque namorado, companheiro ou whatever deveria ser aquele que para além de completar, renovar e utilizar a listinha acima mencionada ainda deveria acrescentar mais umas quantas coisinhas, daquelas boas que provocam formigueiro na barriga e respiração ofegante!

Um amigo dizia-me outro dia: fazemos tanto coisa juntos, só não fazemos "aquilo". Pois é, podemos fazer muita coisa juntos, sem fazermos "aquilo".

E se de repente ou não tão de repente assim, a casta e pura amizade se envolve numa luta corpo a corpo e muito suor à mistura?! Como ficamos depois de despir a roupa, com quem já havíamos despido a alma? Com quem conhece e aceita o nosso lado lunar?

Acaba a amizade e fica o sexo? Impossivel, porque o sexo nunca existiu sozinho.

A amizade passa para outro estágio mais preenchido e interessante? Ou não acontece nada disto?!...que complexas são as relações humanas.

Se a amizade for séria e dura não pode acabar, digo eu, porque sou optimista. Porque se a vontade de se darem também desta nova forma for sentida, o relacionamento só pode ficar mais forte e duradouro. Ainda assim nunca se sabe..., porque cada vez tenho mais dúvidas, daquelas grandes e existênciais. Um dia destes hão-de passar...acho que estão relacionadas com a idade!!!


sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Como ganhei um hóspede!


Chamada por alguns de traiçoeira, acho maravilhosa a língua portuguesa exactamente por ter quase sempre vários significados para uma mesma palavra.
Depois a informática criou ferramentas que nos permitem de uma forma mais rápida e, sem recorrer ao dicionário, chegar a esses significados, aumentando as nossas possibilidades de escolher a palavra certa para caracterizar uma determinada situação.
Claro que também nos permite ir mais longe e divagar à volta dessa mesma palavra. Pois... é assim que fica mais rica a nossa escrita!!!!!

A palavra de múltiplos significados para o dia de hoje só poderia ser hóspede. Por ter sonhado esta noite que estava hospedada num hotel ou por alguém ter estado em minha casa por uns dias?

O hotel do meu sonho era escuro, com espelhos em vez de portas, o que me dificultava encontrar as saídas e entradas. Boa matéria de estudo para um psicólogo, sem dúvida.
Se estivéssemos ainda nos primórdios da psi a solução era a auto-análise que sairia enviesada, distorcida e “a posteriori”… com pouca matéria para uma verdadeira conclusão. Ora ainda bem, porque não quero mesmo chegar ainda ao fim.

De acordo com os significados mais usuais, para hóspede encontrei visita, comensal, turista e peregrino…, de todos estes o turista fica excluído e o peregrino também não se enquadra no contexto. Se formos mais longe nos significados encontramos estranho e alheio e se de certeza não é um estranho, garantidamente também não é alheio. Agora estava mesmo a precisar de um dicionário de antónimos, senão já não sei que hei-de escrever… Calma, sobraram duas palavras: visita e comensal. Sendo que quem fica não é visita, então só pode ser comensal. Além disso comensal é uma palavra bonita.

Chegou de repente, um pedido por mail, que de início pensei tratar-se de mais uma brincadeira. Percebi depois que o pedido era sério, feito num impulso pensado, segundo as suas próprias palavras. Apenas uns dias de pernoita.

Franquei-lhe a porta de minha casa e socorri-me do dicionário para o hospedar, acolher, receber, abrigar, albergar, agasalhar, alojar, acomodar, admitir…

Não impus regras e tacitamente aceitei as suas condições de partilha de espaço, conveniência e convivência. Por uma semana e meia a vida foi diferente neste singelo terceiro andar. Afinal havíamos ganho um hóspede!!!

E, porque tudo o que é provisório, não pode ser definitivo...chegou ao fim dos dias reconhecidamente agradecido e com vontade de partir, ou não (agora já estou a inventar!!!), mas acredito ter sido uma boa senhoria. Pelo menos fiz por sê-lo. E, até gostei de partilhar este meu espaço.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Memórias da minha infância


São tantas e tão boas as memórias da minha infância...

Nasci e vivi no Alentejo até aos 10 anos. Estremoz é hoje a mesma cidade calma e luminosa, de que me recordo, embora tenha passado algum tempo desde então; é só mesmo,... algum tempo.


Mas tal como a verdadeira família é aquela que escolhemos com o coração, também a nossa terra é aquela que o nosso ser adopta e sente como sua, por isso a minha terra é mais Lisboa que Estremoz.

Cresci numa família cheia de regras e valores, que me irritavam e me faziam na altura, um pouco contestatária e irreverente (nada de grave e muito ténue), mas viver com os avós nem sempre é facil e, os alguns anos da minha infância foram passados em casa dos meus.

O avô era uma pessoa austera que antes das refeições começarem, fazia o aviso de que "os meninos à mesa não falam" e, eu e o meu irmão não falávamos, mas passávamos o tempo todo evitando o olhar um do outro senão havia risada pela certa,...acabando depois em reprimenda. Eram dificieis aqueles almoços e jantares a tentarmos portarmo-nos bem. Hoje já conseguimos estar correctamente sentados à mesa!...eheheheheh!!!

A avó era diferente: muito mandona e teimosa, mas também mais leve e solta..., como solto o seu sopapo, que a mão da minha avó era leve a levantar, mas pesada a baixar, mas com ela tudo era mais facil. Com a Guiomar era tudo divertido, pela paciência que tinha para as minhas irreverências, para as desculpa que arranjava quando eu fazia disparates, pelos bolos de aniversário que fazia. Só há um desses disparate que ela não perdoou...o chegar a casa com uma sola extra de alcatrão nos sapatos!!! O que foi preciso esfregar para conseguir retirar o alcatrão colado à sola. Mas acreditem que foi bem divertido andar em cima do alcatrão acabado de aplicar na estrada!!!

Embora respeitasse o meu avô, na altura acho que era mesmo medo que sentia e, só adulta o aprendi a amar. Era dificil de entender aquele distanciamento de afectos, quando não tenho dúvida do muito que gostava de mim, pois fui a única neta (talvez por não ter mais nenhuma; os outros eram rapazes) a quem deu o "petit-non" de carochinha, embora não saiba a razão deste nome, a não ser que eta carinhoso. Deve ser por isso que a história da carocinha é ainda hoje uma da minhas preferidas. O que a minha filha ouviu essa história, revista, alterada, aumentada e comentada não passa pela cabeça de ninguém.

...e como é bom recordar e partilhar essas memórias.

domingo, 18 de maio de 2008

Noites on the rock's



Há tantas coisas que ambos não entendemos, quando afinal é tudo tão simples... se me deixares aproximar não te afasto; se falares vou escutar-te; se precisares de mim vou lá estar; se me quiseres eu quero-te.

Como vês "clean and flat": partilhar faz bem à alma, alimenta o corpo e resolve a distância, único entrave a mais leveza para além da que acontece nas nossas noites de lua cheia, lua vazia ou assim-assim, com humor, amor, vontade e verdade!!!...apetece-me rimar, que se há-de fazer. `
Por vezes toda esta telenovela de episódios intermitentes deixa-me suspensa pelas oportunidades únicas que vamos perdendo; em cada momento irrepetivel que não estamos juntos.
Depois, sinto o teu toque; ouço a tua voz chamando-me de "princesa"; vejo o teu olhar doce e, tudo volta a fazer sentido. Com memórias tão vivas nunca estás longe e, assim vamos adiando e aumentando a espera sabe-se lá de quê.

Será um tipo de jogo inconsciente que nos faz crer que assim não corremos riscos?!...
Será que eu, que detesto jogar, entrei numa jogada interminavel onde não quero mesmo perder?!...
Será que tu, tão racional e planeado, deparaste com uma cartada que se por um lado te seduz, no reverso te assusta?!...

Certamente que estes devaneios se devem a imensas (imensas?!?) horas de estudo dos Fundamentos da Psicologia Cognitiva, mas ainda assim sabe bem escrever estas coisas e senti-las ainda mais, por serem reais e não um teste de escolha múltipla em que as respostas erradas descontam...

Afinal na vida real as respostas incorrectas também descontam...horas de prazer, de felicidade, essa que no dizer de Stefan Klein para além de ser genética também se pode aprender a encontrar.

Desde que comecei a ler o livro deste neurocientista tenho a certeza que estou a caminho da felicidade eternamente possivel, mas esse tema ficará para um outro dia...

O que nós gostávamos mesmo de saber era como conseguir as respostas correctas, somando pontos um com o outro e um para o outro, certo?!..., mas que fazer, não há matriz do enunciado!

Ainda assim, com mais algumas noites on the rock's havemos de chegar à espuma dos dias!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Encosta-te a mim com uma cantiga d'amor



Dia 29 de Fevereiro no CCB a noite foi de música!...Carta branca a Jorge Palma mostrou-me um excelente pianista em momentos brilhantes de uma acústica fantástica!!!
Todas as suas cantigas desde as mais mediáticas às mais desconhecidas estiveram em palco com uma sonoridade diferente, reinventadas, tanto a solo, como com o acompanhamento de um quarteto de cordas - Quarteto Lacerda.
Foi com bastante satisfação que redescobri o Jorge Palma que encheu aquela sala tanto nos êxitos antigos antigos como no recente Encosta-te a Mim.

Foi no ano passado, numa noite de final de verão que descobri esta cantiga de uma forma intimista e cheia de vontade...de ter alguém com quem partilhar tudo o que já vivi e com quem inventasse tudo o que não vivi...alguém a quem querer bem de uma qualquer forma especial que me dissesse encosta-te a mim!!!

Outro dia através da Rádio Comercial, ganhei convites para o lançamento ao vivo, do novo album dos Rádio Macau - 8.
O evento aconteceu no Maxim's, lugar de culto da noite lisboeta. Foi com bastante entusiasmo que finalmente conheci o cabaret "famoso" d' outros tempos, agora transformado em local de música seleccionada.

O espaço é pequeno, escuro e com alguns veludos vermelhos, mas a proximidade do palco é uma vantagem, muito embora o ficar em pé seja uma desvantagem.

Algum tempo depois da hora prevista os Rádio Macau entraram em palco para nos brindarem com a sonoridade agradavel deste novo album - melodias em verso e versos melodiosos.

"Que te pusesse aos pés um mundo bom, que te jurasse, amor, o eterno amor..." foi com esta Cantiga de Amor que a noite atingiu o seu expoente máximo.


Falei de dois concertos ou de duas cantigas que falam do lado bom da vida: partilhar, dar, inventar, viver, amar?!...