Se a leitura mais não é que uma forma servil de sonhar (Fernando Pessoa), então porque não sonhar os meus proprios sonhos?!... É por isso que escrevo sonhando e, sonho escrevendo!
domingo, 21 de dezembro de 2008
Puzzle
domingo, 7 de dezembro de 2008
...há sempre alguém!
...alguém que anda comigo debaixo de chuva durante quase 1 hora, só para me fazer companhia!
domingo, 9 de novembro de 2008
Solidariedade
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Poema
domingo, 19 de outubro de 2008
Motos
Combinámos o encontro no aeroporto, talvez por ser um sítio de partidas e chegadas e esta ser,… a nossa primeira viagem juntos.
Mas claro que não era uma viagem qualquer: para mim foi a “verdadeira” estreia em duas rodas!
Claro que já tinha feito duas curtas viagens de reconhecimento (de Lisboa a Santarém) para me ajustar ao assento da Suzuki, mas desta vez a coisa era real - de Lisboa a Jerez de la Frontera são 482 kelhómetros, segundo o Guia Michelin.
À parte os medos experimentados em algumas curvas com alma “a mais” para o meu coração de principiante, foi uma viagem plena de adrenalina - pela estreia, pela companhia, pela paixão, pela vivência. Amei!
Passado uns tempos, num outro fim-de-semana, com muita chuva a cair e mais uma série de curvas com alma no horizonte, vamos nós, desta vez numa Blackbird, a caminho da Serra do Marão. A viagem foi feita de noite, com papelinhos nas mãos a limparem a viseira, porque a chuva não deixava ver o caminho. A seguir à chuva veio o nevoeiro e, o dia seguinte acordou cheio de sol deixando-nos admirar a maravilhosa paisagem e a não menos fantástica cidade de Amarante. A parte mais divertida, àparte os contratempos com o fato de chuva, foi que regressámos a Lisboa com a chave da garagem do director da pousada na bagagem! Claro que depois a devolvemos...não fosse fazer-lhe falta!
Num outro dia e agora nesta "funcy" Yamaha combinámos um jantar em Algés. A noite estava quente e a esplanada do restaurante acolhedora. Ficámos horas a conversar e a noite já ía longa quando decidimos vir embora. Esperámos tanto tempo pela conta que não aparecia, que saimos mesmo sem e, adivinhem quem colaborou na nossa "fuga"?!... Foi por demais divertido e este epsiódio ficou na memória pela nossa irreverência de "adolescentes" e cumplicidade. Eheheheh!!!
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Maçãs e homens certos
apples on trees. The best
ones are at the top of the tree.
The boys don’t want to reach for
the good ones because they are afraid
of falling and getting hurt. Instead, they
just get the rotten apples from the ground
that aren’t as good, but easy. So the apples
at the top think something is wrong with
them, when in reality, they’re amazing.
They just have to wait for the right
boy to come along, the one
who’s brave enough
to climb
all the way
to the top
of the tree.
Este texto foi-me enviado por mail por um amigo e, numa primeira leitura achei a metáfora interessante e válida. Depois, decidi virá-lo do avesso e deu na dissertação que se segue.
Claro que qualquer rapariga que se encontre sem companheiro, de imediato se acha uma maçã no cimo da árvore, a quem o homem certo ainda não descobriu. Esboça um sorriso durante a leitura e pensa que quando aparecer o "tal", esforçado, corajoso e desembaraçado que conseguiu chegar ao topo da árvore, o seu futuro está garantido. Pois é, assim tudo seria facil e calmo, embora um bocadinho aborrecido, porque ficar no cimo da árvore esperando, para além das boas vistas, não me parece grande vida. Depois faz de qualquer maçã, desculpem - mulher, uma grande convencida, porque sou efectivamente tão boa e interessante, que não me serve qualquer um, mas apenas o "senhor certo".
Enquanto que as maçãs reluzentes e inacessiveis do topo ficam na macieira esperando calmamente que alguém as vá colher, o que a nunca acontecer faz com que apodreçam lá no cimo, ou sejam bicadas pelos pássaros, todas as outras "vulgares maçãs", rolam pelo chão do pomar, são colhidas, comidas, trincadas, apanhadas, transformadas em compota, levadas em cestos de picnic, expostas em supermercados. E agora digam-me lá se a vida desssas outras, das que vivem nos ramos baixos não são bem mais interessantes e diversificadas que as do topo? Ah, pois são...
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Uma história
contam-te a história de quem eu sou.
Tantas histórias sobre onde estive
e, como eu cheguei aqui.
Mas essas histórias não significam nada,
quando não tens ninguém a quem as contar.
É verdade...eu fui feita para ti.
Escalei ao cimo das montanhas,
nadei no azul do oceano.
Cruzei todas as linhas e
quebrei todas as regras.
Mas querido, quebrei-as todas por ti,
porque mesmo quando estou arruinada,
fazes-me sentir milionária.
Sim, fazes...e, eu fui feita para ti.
Vês o sorriso na minha boca,
escondendo as palavras que não saem.
Todos os meus amigos que me acham abençoada,
não sabem a confusão que vai na minha cabeça.
Não, eles não sabem quem eu sou de verdade,
nem sabem pelo que eu passei, como tu sabes.
Esse sentimento que por ser impossivel de explicar com palavras, tem originado os maiores tratados e os mais belos poemas. A verdade é que quando e, enquanto faz "história", nos transforma a existência.
http://www.youtube.com/watch?v=K6aeGdZM0P0
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Perfeito, Imperfeito, Mais-que-perfeito
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Amigo é assexuado?
Porquê? Porque temos três visões (realidades) diferentes de homens nas nossas vidas, a saber:
Felismina tem às vezes homem … ,e?... não se passa nada de importante;
Pancrácia tem um homem às vezes (nos últimos meses a tempo inteiro) e apesar do “formato” ser diferente, não se passa nada de importante além do outro “conduzir” para onde acha que deve ser;
Josefina por fim, tem homem a tempo inteiro, no formato mais comum, e?...quando precisa que se passe algo – de qualquer género – o melhor é ser mesmo ela a tratar de fazer acontecer.
Por isso quando se está carente o melhor mesmo é um(a) bom(a) amigo(a). Se der para deitar a cabeça, tanto melhor. Mas amigo(a) é assexuado(a).
Já lá vai algum tempo em que este assunto foi abordado, para ser retomado hoje ao almoço, chegando agora nós três a uma nova conclusão - afinal amigo(a) não é assexuado(a). Existem diferenças significativas de pensar, ser e estar entre o género masculino e feminino.
Um amigo dizia-me outro dia: fazemos tanto coisa juntos, só não fazemos "aquilo". Pois é, podemos fazer muita coisa juntos, sem fazermos "aquilo".
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Como ganhei um hóspede!
Depois a informática criou ferramentas que nos permitem de uma forma mais rápida e, sem recorrer ao dicionário, chegar a esses significados, aumentando as nossas possibilidades de escolher a palavra certa para caracterizar uma determinada situação.
Claro que também nos permite ir mais longe e divagar à volta dessa mesma palavra. Pois... é assim que fica mais rica a nossa escrita!!!!!
A palavra de múltiplos significados para o dia de hoje só poderia ser hóspede. Por ter sonhado esta noite que estava hospedada num hotel ou por alguém ter estado em minha casa por uns dias?
O hotel do meu sonho era escuro, com espelhos em vez de portas, o que me dificultava encontrar as saídas e entradas. Boa matéria de estudo para um psicólogo, sem dúvida.
Se estivéssemos ainda nos primórdios da psi a solução era a auto-análise que sairia enviesada, distorcida e “a posteriori”… com pouca matéria para uma verdadeira conclusão. Ora ainda bem, porque não quero mesmo chegar ainda ao fim.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Memórias da minha infância
Nasci e vivi no Alentejo até aos 10 anos. Estremoz é hoje a mesma cidade calma e luminosa, de que me recordo, embora tenha passado algum tempo desde então; é só mesmo,... algum tempo.
Mas tal como a verdadeira família é aquela que escolhemos com o coração, também a nossa terra é aquela que o nosso ser adopta e sente como sua, por isso a minha terra é mais Lisboa que Estremoz.
Cresci numa família cheia de regras e valores, que me irritavam e me faziam na altura, um pouco contestatária e irreverente (nada de grave e muito ténue), mas viver com os avós nem sempre é facil e, os alguns anos da minha infância foram passados em casa dos meus.
Embora respeitasse o meu avô, na altura acho que era mesmo medo que sentia e, só adulta o aprendi a amar. Era dificil de entender aquele distanciamento de afectos, quando não tenho dúvida do muito que gostava de mim, pois fui a única neta (talvez por não ter mais nenhuma; os outros eram rapazes) a quem deu o "petit-non" de carochinha, embora não saiba a razão deste nome, a não ser que eta carinhoso. Deve ser por isso que a história da carocinha é ainda hoje uma da minhas preferidas. O que a minha filha ouviu essa história, revista, alterada, aumentada e comentada não passa pela cabeça de ninguém.
...e como é bom recordar e partilhar essas memórias.
domingo, 18 de maio de 2008
Noites on the rock's
Há tantas coisas que ambos não entendemos, quando afinal é tudo tão simples... se me deixares aproximar não te afasto; se falares vou escutar-te; se precisares de mim vou lá estar; se me quiseres eu quero-te.
Como vês "clean and flat": partilhar faz bem à alma, alimenta o corpo e resolve a distância, único entrave a mais leveza para além da que acontece nas nossas noites de lua cheia, lua vazia ou assim-assim, com humor, amor, vontade e verdade!!!...apetece-me rimar, que se há-de fazer. `
Depois, sinto o teu toque; ouço a tua voz chamando-me de "princesa"; vejo o teu olhar doce e, tudo volta a fazer sentido. Com memórias tão vivas nunca estás longe e, assim vamos adiando e aumentando a espera sabe-se lá de quê.
Será um tipo de jogo inconsciente que nos faz crer que assim não corremos riscos?!...
Será que eu, que detesto jogar, entrei numa jogada interminavel onde não quero mesmo perder?!...
Será que tu, tão racional e planeado, deparaste com uma cartada que se por um lado te seduz, no reverso te assusta?!...
Certamente que estes devaneios se devem a imensas (imensas?!?) horas de estudo dos Fundamentos da Psicologia Cognitiva, mas ainda assim sabe bem escrever estas coisas e senti-las ainda mais, por serem reais e não um teste de escolha múltipla em que as respostas erradas descontam...
Afinal na vida real as respostas incorrectas também descontam...horas de prazer, de felicidade, essa que no dizer de Stefan Klein para além de ser genética também se pode aprender a encontrar.
Ainda assim, com mais algumas noites on the rock's havemos de chegar à espuma dos dias!
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Encosta-te a mim com uma cantiga d'amor
Todas as suas cantigas desde as mais mediáticas às mais desconhecidas estiveram em palco com uma sonoridade diferente, reinventadas, tanto a solo, como com o acompanhamento de um quarteto de cordas - Quarteto Lacerda.
Foi com bastante satisfação que redescobri o Jorge Palma que encheu aquela sala tanto nos êxitos antigos antigos como no recente Encosta-te a Mim.
Outro dia através da Rádio Comercial, ganhei convites para o lançamento ao vivo, do novo album dos Rádio Macau - 8.
O evento aconteceu no Maxim's, lugar de culto da noite lisboeta. Foi com bastante entusiasmo que finalmente conheci o cabaret "famoso" d' outros tempos, agora transformado em local de música seleccionada.
sábado, 5 de abril de 2008
Eu às vezes precipito-me...
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Sentimentos Pessoais
Aterrei no Miradouro da Paixão e assustei-me!
Borboletas coloridas esvoaçavam sem parar; o barulho da música era ensurdecedor; as nuvens estavam tão baixas que me envolviam como de algodão se tratasse; estalavam foguetes por todo o lado; inúmeros copos com bolhinhas de champanhe - enfim, tudo tinha uma brilho tão intenso que mal conseguia abrir os olhos.
Quis ficar… pela novidade. Nunca tinha visto nada assim! Mas os mesmo tempo era tudo tão confuso… Que Indecisão!… que fazer?
Foi então que me seguraram na mão e, deixei-me levar. Por ruas e ruelas tropecei, caí e levantei-me algumas vezes. Na Rua da Mentira, no Largo do Medo, no Beco da Indiferença, o piso era pedregoso e inclinado. Subi as Escadinhas da Felicidade, andei na Avenida da Liberdade ampla e plana e dobrei a esquina na Rua da Fidelidade para chegar mais depressa ao meu destino. Assim, com sorriso no rosto e uma mão presa na minha cheguei à Praça do Amor, onde tudo era calmo.
As cascatas de água refrescavam o ar, dos livros de poesia saltavam letras, falava-se em melodia, a música ecoava em sussurros, as mesas estavam repletas de iguarias várias, o vinho era adocicado e o calor que eu sentia dava-me Segurança. Então ouvi: “Esta é a Praça do Amor, vamos viver aqui? Claro que sim, respondei, tudo é perfeito!
Quis fugir, correr para bem longe. Quando parei exausta tudo era escuro, olhei para cima e vi escrito Beco da Solidão. Então desesperada chorei e, pensei de que me tinha servido toda esta viagem se não tinha conseguido permanecer no local escolhido. Deixei as noites passarem uma, após outra até que um dia levantei-me, tomei a Rua da Coragem, passei pelo Largo da Esperança, bebi água no Chafariz da Tristeza, sem nunca parar.
Algumas vezes tive vontade de desistir, mas nessa altura entrava nas lojas da Amizade e aí encontrava forças para continuar. Outras vezes sentava-me no Jardim da Experiência, junto ao Lago da Alegria e acreditava poder um dia com uma mão presa na minha, voltar a viver na Praça do Amor!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Lisboa
Para além da excelente companhia, da boa conversa, da comida e do tinto, transcrevo directamente da folha do meu Moleskine (adoro esta palavra) o que abarquei da janela do restaurante. Ter um destes caderninhos para além de prático, permite-me acreditar que um destes dias ainda vou ser famosa por escrever “coisas”... Eheheheh!!!
Lisboa acomodada e calma principiava a deitar-se cansada de todo o brilho que a inundou durante o dia.
O rio de um azul único espraiando-se à sua volta; os telhados de um vermelho escuro assimétricos e desalinhados encerrando mistérios de pessoas que pensam, vivem e sonham nesta cidade, sem se darem conta de como Lisboa é linda.
No céu os pássaros esvoaçando assustados pela escuridão que já pressentem.
E o sol a esconder-se devagar como quem dança ao som de um compasso lento, envolvendo nos braços a sua amada.
Os tons quentes e doces deste final de tarde despertaram-me os sentidos, fazendo com que perdurassem na minha memória para lá do crepúsculo.
Num momento de rara beleza tinha Lisboa a meus pés...e, senti-me rainha nesse instante.
Num outro dia, andava eu envolta nos meus afazeres profissionais, quando tive a felicidade de ter de atravessar Lisboa de um lado ao outro. Estava na Rua da Escola Politécnica e tinha uma reunião no Campo dos Mártires da Pátria. Como habitualmente me desloco de metro ou a pé por ser difícil circular e pior ainda estacionar nesta cidade durante o dia, fiz este trajecto a pé. Quando cheguei a casa decidi escrever sobre esta tarde, que de simples e banal, passou a especial, apenas pela diferença de um olhar, porque a diferença não está no que se vê, mas sim como se vê.
Desci pelo Jardim Botânico até à Praça da Alegria.
O verde das orlas das árvores pespontado de prateado e dourado formavam o tecto de todo o jardim.
Pássaros chilreavam e esvoaçam em meu redor, entoando uma música única e sempre tão diferente.
Depois subi no elevador para a outra colina da cidade. Ao passar à porta do Jardim do Torel
não resisti ao apelo desta cidade que vive entre colinas e, entrei.
O sol de um brilho difuso inundava todo o espaço, dando-lhe uma mística especial.
Sem-abrigo dormiam pelos bancos; velhotes jogavam às cartas; anónimos faziam do jardim seu local de
passagem indiferentes a toda a beleza desta cidade.
Havia ainda um malabarista ensaiando novos números (de circo) com uma bola amarela.
Assomei ao miradouro e estremeci de comoção - encontrei Lisboa envolta numa neblina de mistério como só esta cidade consegue ter.
É por tudo isto que acho Lisboa uma das cidades mais bonitas do mundo!
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
O melhor dos mundos possíveis
Cândido ou o Optimismo foi escrito em 1759, mas poderia muito bem ter sido escrito nos nossos dias, tal é a actualidade que encontramos no desenrolar de toda a acção. Tem guerras e devastação; disputas religiosas; traições e política.
Também naquele tempo Voltaire dizia que "em Portugal nada funciona"..., pois se até a corda destinada a enforcar o mestre Pangloss, não cumpriu a sua missão por estar húmida das chuvas torrenciais que abalaram Lisboa logo a seguir ao terramoto...
Mas o que mais me atrai nesta história é o facto da personagem principal, apesar de todos os males, infortúnios e desventuras que protagoniza (e garanto que são muitos), acreditar que tudo o que lhe acontece na vida é justificado e, de acordo com os ensinamentos de filosofia do seu mestre, por um nexo de causalidade do melhor dos mundos possíveis!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Dia de S.Valentim
Hoje é dia de S.Valentim, dos Namorados, dos Beijos e dos Abraços.
Dia de rosas vermelhas, amarelas e brancas, de postais com ursinhos, cartas de amor, poemas melosos, almofadas vermelhas, boxers aos corações, chocolates "mon chérie".
É dia de palavras doces e frases pomposas, declarações a metro e outras coisas que tais.
Mas é preciso marcar um dia no calendário para isso?! Ou o amor festeja-se todos os dias?
Eu que sou romântica, sensível e apaixonada acho este dia uma perfeita parvoíce e, apenas mais uma forma de demonstração de afectos, criada pela nossa sociedade de consumo.
Desculpem a falta de jeito, mas para mim os afectos renovam-se cada dia, demonstrando, mostrando, acreditando, entregando-se.
Em 1935 Álvaro de Campos escreveu este Poema:
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
como as outras,
Rídiculas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Rídiculas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas.
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículos).
Então e de acordo com o poeta, hoje é Dia do Ridículo e do Esdrúxulo!!!
Mas se o amor não é uma palavra esdrúxula, não pode ser ridículo.
Não sendo o amor ridículo como o podem ser as cartas que falam dele?!
Já das palavras esdrúxulas não posso dizer o mesmo, pois ridículo é mesmo uma palavra esdrúxula.
Está explicado porque não acho graça a este dia: não sou ridícula, nem esdrúxula, mas acredito que o amor é fogo que arde e se sente, por isso... "cheers" a todos os meus amores!!!
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Live on paper
Tocando em Frente
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe,
Eu só levo a certeza
Que muito pouco eu sei,
E nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maças
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz para poder seguir
E é preciso chuva, para florir
Sinto que seguir a vida seja simplesmente
Conhecer a marcha, ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada,
Eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
...
...
...
Conhecer a marcha, ir tocando em frente
Cada um de nós
Compõe a sua própria história
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz
Conhecer as manhas
...
...
...
De ser feliz
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
e no outro vai embora.