terça-feira, 21 de outubro de 2008

Poema

Quero escrever-te um poema.
Um poema onde seja eu mesma,
sem os artifícios desta vida fútil!
Quero dizer-te tantas coisas,
sem palavras barateadas
a troco de um beijo ou,
de uma noitada boa!
Quero que um olhar meu,
signifique mais que mil palavras!
Quero que um sorriso te toque,
mais fundo que uma carícia!
Quero que hoje ao releres
tudo isto possas dizer...tem valido a pena!

Escrevi este poema há 12 anos. Na altura acrescentaste-o num outro tempo verbal, por isso me decidi a reescrevê-lo alterando o condicional desse tempo, para o presente de hoje. Depois pincelei-o com as cores do arco-íris, esse fenómeno tão fascinante só visivel quando o sol brilha sobre as gotas de chuva.
Assim é a vida: uns dias brilhantes e coloridos, intercalados com outros carregados de nuvens e chuvosos, mas ainda assim, todos únicos, irrepetiveis e valiosos.
Depois e, porque a mudança é a constância do ser humano: "um dia" poderá ser já hoje; e já hoje já vale a pena... e, com certeza vai continuar a valer.
E porque hoje é dia do meu Aniversário, brindo à Vida!!!

domingo, 19 de outubro de 2008

Motos

Andar de moto sempre foi uma coisa que nunca me passou pela cabeça. Até um dia...
Era uma sexta-feira e o dia estava cinzento.
Combinámos o encontro no aeroporto, talvez por ser um sítio de partidas e chegadas e esta ser,… a nossa primeira viagem juntos.
Mas claro que não era uma viagem qualquer: para mim foi a “verdadeira” estreia em duas rodas!
Claro que já tinha feito duas curtas viagens de reconhecimento (de Lisboa a Santarém) para me ajustar ao assento da Suzuki, mas desta vez a coisa era real - de Lisboa a Jerez de la Frontera são 482 kelhómetros, segundo o Guia Michelin.
À parte os medos experimentados em algumas curvas com alma “a mais” para o meu coração de principiante, foi uma viagem plena de adrenalina - pela estreia, pela companhia, pela paixão, pela vivência. Amei!

Passado uns tempos, num outro fim-de-semana, com muita chuva a cair e mais uma série de curvas com alma no horizonte, vamos nós, desta vez numa Blackbird, a caminho da Serra do Marão. A viagem foi feita de noite, com papelinhos nas mãos a limparem a viseira, porque a chuva não deixava ver o caminho. A seguir à chuva veio o nevoeiro e, o dia seguinte acordou cheio de sol deixando-nos admirar a maravilhosa paisagem e a não menos fantástica cidade de Amarante. A parte mais divertida, àparte os contratempos com o fato de chuva, foi que regressámos a Lisboa com a chave da garagem do director da pousada na bagagem! Claro que depois a devolvemos...não fosse fazer-lhe falta!

Num outro dia e agora nesta "funcy" Yamaha combinámos um jantar em Algés. A noite estava quente e a esplanada do restaurante acolhedora. Ficámos horas a conversar e a noite já ía longa quando decidimos vir embora. Esperámos tanto tempo pela conta que não aparecia, que saimos mesmo sem e, adivinhem quem colaborou na nossa "fuga"?!... Foi por demais divertido e este epsiódio ficou na memória pela nossa irreverência de "adolescentes" e cumplicidade. Eheheheh!!!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Maçãs e homens certos

Girls are like
apples on trees. The best
ones are at the top of the tree.
The boys don’t want to reach for
the good ones because they are afraid
of falling and getting hurt. Instead, they
just get the rotten apples from the ground
that aren’t as good, but easy. So the
apples
at the top think something is wrong with
them, when in reality, they’re amazing.
They just have to wait for the right
boy to come along, the one
who’s brave enough
to climb
all the way
to the top
of the tree.

Este texto foi-me enviado por mail por um amigo e, numa primeira leitura achei a metáfora interessante e válida. Depois, decidi virá-lo do avesso e deu na dissertação que se segue.

Claro que qualquer rapariga que se encontre sem companheiro, de imediato se acha uma maçã no cimo da árvore, a quem o homem certo ainda não descobriu. Esboça um sorriso durante a leitura e pensa que quando aparecer o "tal", esforçado, corajoso e desembaraçado que conseguiu chegar ao topo da árvore, o seu futuro está garantido. Pois é, assim tudo seria facil e calmo, embora um bocadinho aborrecido, porque ficar no cimo da árvore esperando, para além das boas vistas, não me parece grande vida. Depois faz de qualquer maçã, desculpem - mulher, uma grande convencida, porque sou efectivamente tão boa e interessante, que não me serve qualquer um, mas apenas o "senhor certo".

Enquanto que as maçãs reluzentes e inacessiveis do topo ficam na macieira esperando calmamente que alguém as vá colher, o que a nunca acontecer faz com que apodreçam lá no cimo, ou sejam bicadas pelos pássaros, todas as outras "vulgares maçãs", rolam pelo chão do pomar, são colhidas, comidas, trincadas, apanhadas, transformadas em compota, levadas em cestos de picnic, expostas em supermercados. E agora digam-me lá se a vida desssas outras, das que vivem nos ramos baixos não são bem mais interessantes e diversificadas que as do topo? Ah, pois são...