segunda-feira, 18 de abril de 2011

Neblina matinal

Jardim do Museu de Arte Antiga sábado de manhã. A neblina envolve a cidade dando-lhe um tom esbatido. A outras margem é quase uma miragem. Os chorões debruçam-se sobre a minha escrita como que entrelaçando-se nas palavras. Um friso bem alinhado de chaminés bem quietas prefila-se na paisagem. Uma estátua de costas para o rio, metade homem, metade peixe, perdeu a cabeça entre os braços que a seguram. Mais ao fundo um hotel flutuante toca o rendilhado do tabuleiro da ponte. Barcos à vela passeiam-se lentamente no Tejo e os guindastes fazem-nos perceber que afinal o progresso existe. Pássaros sentem-se no seu esvoaçar e o sol tímido a tentar romper as nuvens, fazem deste conjunto, ou não estivesse o museu logo ali, um quadro que se sente por inteiro. Ah, esqueci-me de que estou aqui para estudar! Opsss...mais um crédito para a obrigação; adiam-se os devaneios.

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