
Se a leitura mais não é que uma forma servil de sonhar (Fernando Pessoa), então porque não sonhar os meus proprios sonhos?!... É por isso que escrevo sonhando e, sonho escrevendo!
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Poema

domingo, 19 de outubro de 2008
Motos

Combinámos o encontro no aeroporto, talvez por ser um sítio de partidas e chegadas e esta ser,… a nossa primeira viagem juntos.
Mas claro que não era uma viagem qualquer: para mim foi a “verdadeira” estreia em duas rodas!
Claro que já tinha feito duas curtas viagens de reconhecimento (de Lisboa a Santarém) para me ajustar ao assento da Suzuki, mas desta vez a coisa era real - de Lisboa a Jerez de la Frontera são 482 kelhómetros, segundo o Guia Michelin.
À parte os medos experimentados em algumas curvas com alma “a mais” para o meu coração de principiante, foi uma viagem plena de adrenalina - pela estreia, pela companhia, pela paixão, pela vivência. Amei!


terça-feira, 7 de outubro de 2008
Maçãs e homens certos
apples on trees. The best
ones are at the top of the tree.
The boys don’t want to reach for
the good ones because they are afraid
of falling and getting hurt. Instead, they
just get the rotten apples from the ground
that aren’t as good, but easy. So the apples
at the top think something is wrong with
them, when in reality, they’re amazing.
They just have to wait for the right
boy to come along, the one
who’s brave enough
to climb
all the way
to the top
of the tree.
Este texto foi-me enviado por mail por um amigo e, numa primeira leitura achei a metáfora interessante e válida. Depois, decidi virá-lo do avesso e deu na dissertação que se segue.
Claro que qualquer rapariga que se encontre sem companheiro, de imediato se acha uma maçã no cimo da árvore, a quem o homem certo ainda não descobriu. Esboça um sorriso durante a leitura e pensa que quando aparecer o "tal", esforçado, corajoso e desembaraçado que conseguiu chegar ao topo da árvore, o seu futuro está garantido. Pois é, assim tudo seria facil e calmo, embora um bocadinho aborrecido, porque ficar no cimo da árvore esperando, para além das boas vistas, não me parece grande vida. Depois faz de qualquer maçã, desculpem - mulher, uma grande convencida, porque sou efectivamente tão boa e interessante, que não me serve qualquer um, mas apenas o "senhor certo".
Enquanto que as maçãs reluzentes e inacessiveis do topo ficam na macieira esperando calmamente que alguém as vá colher, o que a nunca acontecer faz com que apodreçam lá no cimo, ou sejam bicadas pelos pássaros, todas as outras "vulgares maçãs", rolam pelo chão do pomar, são colhidas, comidas, trincadas, apanhadas, transformadas em compota, levadas em cestos de picnic, expostas em supermercados. E agora digam-me lá se a vida desssas outras, das que vivem nos ramos baixos não são bem mais interessantes e diversificadas que as do topo? Ah, pois são...